segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SEMANA DA INCLUSÃO - 21 A 25 DE SETEMBRO


INCLUSÃO ESCOLAR: UM DIREITO DE ALUNOS COM E SEM DEFICIÊNCIA

A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas comuns da rede regular de ensino coloca novos e grandes desafios para o sistema educacional. Este, talvez, seja um dos temas que mais têm instigado não só os professores do ensino especial, mas também os professores das escolas comuns, os pais e a própria sociedade. Dentro e fora das escolas vem se verificando um acalorado processo de discussão acerca das modificações que devem ser implementadas na escola, processo que nem mesmo as três leis de diretrizes e bases haviam conseguido desencadear.

Compreender a diferença não como algo fixo e incapacitante na pessoa, mas reconhecê-la como própria da condição humana é um desafio ainda muito complexo e um objetivo ainda muito distante da prática pedagógica diária dos professores. A grande maioria deles ainda trabalha na base do falso pressuposto de que todos os alunos são iguais e que as turmas são homogêneas.

Analisando a história das pessoas com deficiência, vemos que, por muitos anos, elas perderam a sua identidade e passaram a ser designadas não pelo nome, mas pela deficiência de que são portadoras: o cego, o surdo, o down. Por isso, por muito tempo, não tiveram acesso à escola comum: ou ficavam em casa, ou eram atendidas em espaços segregados, convivendo apenas com colegas que também apresentassem algum tipo de deficiência. Mesmo quando, numa tentativa de integração, alguns desses alunos passaram a freqüentar as classes comuns das escolas regulares, havia uma seleção prévia e só eram admitidos os que estivessem aptos e amoldados ao formato da escola. Aí, não era a escola que tinha que mudar: os alunos é que teriam que se adequar às exigências da escola.

Atualmente, um grande números de pessoas com deficiências estão freqüentando escolas comuns. Isso tem levado a uma profunda reflexão acerca do papel e das finalidades da escola, de tal sorte que, no avanço da discussão, vai se consolidando a compreensão de que as diferenças na sala de aula, antes de serem um complicador para a ação do professor, podem se tornar um fator de qualificação e de enriquecimento do ensino. Pais e professores começam a se dar conta de que a convivência entre crianças com e sem deficiência é mutuamente benéfica. Ganham os alunos com deficiência na medida em que convivem num ambiente desafiador, provocador, rico em experiências e relações que os estimulam e os incentivem a pensar, e ganham os alunos ditos normais por terem oportunidade de aprender a conviver com a diversidade, de vivenciar situações diferentes, de construir conhecimentos, e, inclusive, de conviver com novas formas de comunicação, tais como libras e Braille, além de se familiarizarem com novos recursos como a tecnologia assistiva e a comunicação alternativa e aumentativa. Acima de tudo, em espaços onde se dá lugar à diferença e onde não se estigmatiza a deficiência, forma-se um terreno fértil para experiências de colaboração, de ajuda mútua e de solidariedade, padrões de convivência tão necessários em nossos dias. Isso é tão verdadeiro que já não é raro encontrar pais de crianças ditas normais que fazem questão de que seus filhos convivam com colegas com deficiências. (RETIREI ESSE TEXTO DA NET)

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